O anúncio da conclusão da reforma administrativa da prefeitura de Santa Maria traz consigo um objetivo muito claro e louvável: dar enfrentamento à burocracia, maior entrave a ser superado pelos gestores. A proposta do governo Jorge Pozzobom (PSDB) é imprimir um ritmo muito semelhante ao que se encontra junto ao setor privado. E é sabido que a chamada coisa pública tem seu próprio rito. Ou seja, ela precisa – por questões legais e, inclusive, de zelo ao dinheiro do contribuinte – ter um controle e mecanismos que impeçam eventual desvirtuamento e mau uso da verba do cidadão.
O inusitado caso de Itaara
Forjada pelas mãos de quem sempre esteve “do outro lado do balcão”, o vice-prefeito Rodrigo Decimo (PSL) está habituado a fazer as coisas acontecerem, seja por si, ou, claro, por quase sempre ter tratado com a iniciativa privada. À coluna, ele mantém otimismo e confiança de que há margem, sim, para oxigenar o andamento de processos dentro da prefeitura.
Ousado, ele quer fazer com que os quatro anos deste último mandato do tucano Pozzobom sejam cadenciados por cumprimento de metas, e, por tabela, com entrega.
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É de se perguntar se haverá resistência por parte dos servidores públicos? Pouco provável, até porque, para a construção desse processo, Decimo sabe que o êxito passa obrigatória e necessariamente pela adesão e engajamento dos funcionários nesta missão. E é bem provável que eles venham a se somar nesse novo momento que se quer para a prefeitura.
META
O desafio lançado e colocado por Pozzobom será fazer com que o segundo mandato não seja tão engessado e, principalmente, com mais benfeitorias à população, que está saturada de conviver com uma realidade que não muda independentemente de governo: ter de lidar com uma carga tributária asfixiante tendo pouco ou nenhum serviço de qualidade em troca. Está na hora de se inverter essa lógica.